Candangão 2019 atinge evolução com público e supera temporada 2018

Por Ana Carolina Meireles e César Carvalho
Edição: Cícero Lourenço
Com jogos realizados no estádio Mané Garrincha, arena que foi sede de 10 partidas da Copa do Mundo em 2014 e da Copa das Confederações em 2013, a competição teve uma das melhores médias de público pagante da década.
Se em 2018, o campeonato registrou uma das piores médias de público pagante, 660 pessoas, números próximos aos de 2012, o pior da década, com média de 639, em 2019 o público voltou a frequentar os estádios candangos.
De acordo com a Federação de Futebol do Distrito Federal, foram realizados 80 jogos em 2019, mesmo número de 2018, porém a média de pessoas pagantes saltou de 660 para 1.065,3. Um crescimento de mais de 60% em relação ao ano anterior.
Dos três maiores públicos na temporada, duas partidas foram no Mané Garrincha. Para Sheyla Cristina, torcedora do Flamengo e simpatizante do futebol candango, o fato da partida acontecer no Mané Garrincha chama o público. “Eu prefiro vir em jogos que são realizados no Mané Garrincha por alguns fatores, dentre eles a segurança que acaba sendo maior e a facilidade de locomoção, por ser um estádio no centro da capital, tem transporte público com maior facilidade’’, relata a torcedora.
Confira um resumo comparativo dos campeonatos 2018 e 2019:
Mas nem tudo são flores. Para o torcedor, Kleiton Carvalho frequentador assíduo das partidas do seu time, o Luziânia, o que falta é segurança e infraestrutura nos estádios considerados pequenos. “Para alcançar um público maior, é preciso melhorar a segurança do local além de melhorar a infraestrutura dos estádios menores, sem o policiamento adequado, o medo acaba afastando os torcedores dos estádios”.
Já para Wanderley Gonçalves, mais conhecido como Batata, ex-jogador que atuou em diversas equipes do DF e em clubes maiores como São Paulo e Corinthians, a falta de um calendário ativo no Centro Oeste faz com que os torcedores não criem o hábito de frequentar os estádios. Batata defende a criação de campeonatos que envolvam times do Centro Oeste e acredita que assim ajudaria a desenvolver o esporte local.
Confira o áudio do ex-jogador Batata:
Gama conquista 12º título candango
Sábado (20/04), aconteceu no Estádio Nacional Mané Garrincha, a segunda e decisiva partida da final do campeonato Brasiliense de futebol do Distrito Federal. Podendo perder até por um gol de diferença, o time do Gama soube administrar a vantagem obtida na primeira partida, 3×1 contra o Brasiliense e, com um empate em dois gols para cada lado, conquistou o 12º título do Candangão.
Foi um total de 17 jogos, sendo 14 vitórias, três empates e nenhuma derrota. Campanha invicta que gerou um aproveitamento de 88,3% e deu ao alviverde candango outro título, o de campeão do século, ultrapassando o extinto time da capital federal CFZ de 2002:
1º Gama 2019 – Aproveitamento 88,3%
2º CFZ 2002 – Aproveitamento 82,1%
3º Brasiliense 2006 – Aproveitamento 78,6%.
Garantindo o Segundo Semestre
Assegurar um time entrosado e na ativa é o grande desafio das equipes que disputam o campeonato brasiliense. Com o fim do estadual, várias equipes encontram pela frente um hiato que perdura até a próxima temporada. A falta de competições oficiais no segundo semestre faz com que equipes se desmontem, perdendo patrocinadores e consequentemente um elenco competitivo.
Por isso além da importância do título, o campeão e o vice, garantem o calendário para o segundo semestre do ano seguinte. Classificam-se, automaticamente, para três competições a nível nacional: Copa Verde, Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da série D.
O Gama, pensando na temporada 2020, renovou contrato com o técnico campeão candango 2019, Vilson Tadei, e o Brasiliense, vice-campeão candango em 2018 e 2019, estreia dia 04 de maio, em casa contra o Serra ES, pela série D do brasileirão.
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