Os aparelhos tecnológicos são aliados ou adversário da educação?
Foto: Blog Foca News
Por Caroline Costa, Felipe Carvalho, Izabelle Gonçalves e Leticia Valadares
Totalmente dependentes da tecnologia, principalmente do celular, as pessoas buscam estar sempre conectadas. Levando-as a depender da tão falada tecnologia. Mas e quando isso tudo é levado para a sala de aula, ajuda ou atrapalha?
De acordo com uma pesquisa realizada pelo movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ouviu 4 mil professores da rede pública, diz que cerca de 55% dos professores utilizam a tecnologia digital regularmente em sala de aula.
O levantamento diz que a causa principal da ausência dessas tecnologias é a falta de estrutura. Os equipamentos chegam apenas a 66%, e a velocidade insuficiente da internet a 64%. Outro ponto apontado pela pesquisa é a falta de formação adequada, 64% dos professores nunca fizeram cursos gerais de informática ou tecnologias digitais em educação.
A coordenadora pedagógica do Caic José Elias de Azevedo, Suzy Alcântara relata observar entre os colegas de profissão a dificuldade do manuseio desses equipamentos.
“Nós temos recursos como o Datashow e notebook. Mas alguns professores têm dificuldade em manusear esses recursos tecnológicos. Inclusive eu como coordenadora até coloquei no plano de ações, uma oficina para formação tecnológica”.
Já a monitora Maria Luiza, classifica a tecnologia como um dos métodos que o professor pode utilizar para auxiliar na aprendizagem dos alunos. Mas diz que só é eficaz quando é controlada e bem aplicada, porque existem alunos que aprendem de várias maneiras, alguns aprendem mais por vídeos, outros com vídeos e leitura.
A mesma diz que o uso de laboratórios de informática que contenham jogos educativos, dinâmicas e pesquisas podem ajudar os alunos a adquirir um conhecimento maior e eficaz, além do professor inovar na sua forma de passar o conhecimento.
Celulares em sala de aula
O celular e uma ferramenta que pode tanto ser o vilão como o herói dentro do processo de aprendizagem. De acordo com a pesquisa PNAD Contínua, do IBGE divulgada esse ano, 68% dos estudantes possuem celular. Entre os alunos da rede pública, a taxa é de 59,4%, na rede privada, a porcentagem chega a 90,3%.
A professora Laryssa Veras relata que muitas vezes os alunos fazem o uso demasiadamente dos aparelhos celulares em sala de aula e que isso atrapalha. Ela relata que os alunos não querem copiar mais do quadro e sim tirar fotos, o que transforma o comportamento dos alunos.
Para Luiza, a utilização do celular como uma ferramenta de ensino deve ser previamente planejada. “Eu penso que a forma possível seria utilizar com os jogos interativos e em pequenos momentos com uma pesquisa rápida, porque trazer o celular diariamente em sala de aula não dá, mas trazer em dias específicos com uma aula especifica voltada para uma atividade especial usando o celular, pode ajudar a criança a abstrair mais e aprender mais”, afirma.
O aluno Marcos Junior do 9° ano do ensino fundamental, diz que muito dos professores não gostam que os alunos utilizem celulares nas aulas, o que desaprova, dizendo que as aulas continuam repetitivas e sem graça. Ele fala que quando alguns professores utilizam celular ou algum equipamento tecnológico a aula parece passar mais rápido e fica mais interessante.

Ainda de acordo com a coordenadora Suzy Alcântara, o uso da tecnologia é um recurso didático. “Nós estamos querendo mostrar para o professor que ele pode em algum momento utilizar o celular no planejamento como um recurso didático sim, e inclusive montar slides fazer aulas diferenciadas. Isso entra na melhoria da parte pedagógica, deixando a aula diferenciada, colocando vídeos e fontes de informações mais evidentes para os nossos alunos”.
Mas o que os alunos acham sobre o celular em sala de aula? O jornal online Estadão publicou um vídeo com alunos falando sua opinião sobre o assunto:
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